O primeiro caso aconteceu numa casa, na Rua 5 de Outubro, no Funchal.
A vítima foi uma mulher de 65 anos , que apesar das tentativas de reanimação, não conseguiu sobreviver.
O segundo caso fatal foi em Madalena do Mar. Uma mulher com cerca de 80 anos perdeu a vida.
QUAL A INCIDÊNCIA DAS PARAGENS CARDIORRESPIRATÓRIAS EM PORTUGAL?
Em Portugal, estima-se que todos os anos 10 milhões de pessoas sejam vítimas de morte súbita. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 20 milhões de pessoas por dia, em todo o mundo, são vítimas de morte súbita.
A Região Autónoma da Madeira regista, em média, cerca de 200 paragens cardiorrespiratórias por ano.
QUAIS AS HIPÓTESES DE SOBREVIVÊNCIA
Após uma paragem cardiorrespiratória, a vítima perde 10% de hipóteses de sobrevivência a cada minuto que passa. Feitas as contas, ao fim de cinco minutos sem assistência, a vítima tem apenas 50% de probabilidade de sobreviver.
O cérebro apenas sobreviveu de 3 a 5 minutos sem oxigênio.
IMPORTÂNCIA DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA
1. Manutenção da circulação e oxigenação
Durante a PCR, o coração deixa de bombear sangue e o cérebro começa a sofrer lesões irreversíveis em 4 a 6 minutos sem oxigênio.
As compressões torácicas substituem temporariamente o trabalho do coração, mantendo algum fluxo sanguíneo para órgãos específicos.
2. Ganho de tempo até a chegada do socorro
As manobras de SBV não substituem o tratamento definitivo , mas são essenciais para manter a vítima viável até à desfibrilação e cuidados avançados.
A cada minuto sem RCP e desfibrilhação, a probabilidade de sobrevivência cai de 7 a 10% .
3. Aumento da taxa de sobrevivência
Estudos mostram que o início precoce do RCP por testemunhas pode duplicar ou triplicar as hipóteses de sobrevivência .
O uso rápido de um Desfibrilador Automático Externo (DAE) pode aumentar a taxa de sobrevivência em até 50–70% em alguns contextos.
4. Acessível a qualquer pessoa treinada
As manobras de SBV (compressões torácicas, ventilações, uso do DAE) são simples e podem ser realizadas por pessoas treinadas, não apenas por profissionais de saúde.
Quanto maior a população treinada, maior a probabilidade de uma resposta eficaz em locais públicos e privados.
5. Redução de sequelas neurológicas
Uma reanimação rápida evita a falta prolongada de oxigênio no cérebro, acarretando o risco de incapacidade grave mesmo quando uma vítima sobreviveu.