Um sismo de magnitude 1,5 na escala de Richter foi registado ontem ao largo de Santa Cruz, na Madeira.
O epicentro aconteceu a 7 km de profundidade de acordo com informações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
O abalo ocorreu bem próximo à costa.
Um sismo de 3,7 na escala de Richter foi registado e sentido ontem à noite, na ilha Terceira, no grupo central dos Açores.
A informação foi divulgada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Trata-se do terceiro sismo sentido domingo na Ilha Terceira mas não causou danos pessoais ou materiais.
Um sismo de magnitude 3,5 foi registado a cerca de 35 km da Deserta Grande. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera a atividade sísmica aconteceu às 10.08 do dia 15 de março de 2020.
O abalo foi sentido por alguns madeirenses sobretudo na zona do Caniço e em algumas áreas do Funchal.
O sismo de magnitude 5.1 na escala de Richter foi registado, pelas 20h58, a 38 km das ilhas Desertas e a cerca de 50 Km do Funchal a 7 de março de 2020.
O abalo foi sentido na Madeira e Porto Santo sem que haja registo de vítimas ou danos materiais. Pelas 21h22 registou-se um novo tremor de terra, na mesma zona, mas de menor intensidade (2.3 na escala de Richter).
O abalo gerou forte apreensão na população num arquipélago onde é pouco comum haver atividade sísmica. Muitas pessoas saíram das casas preocupadas com o sucedido e passaram algum tempo na rua com receio de réplicas.
O abalo provocou também a queda de pedras e por esse motivo algumas estradas secundárias tiveram de ser encerradas à circulação automóvel.
O sismo estará relacionado com o ajuste de placas tectónicas.
TERRA TREMOU EM 1975
O último sismo que há memória foi a 26 de maio de 1975. Na altura a terra tremeu durante 35 segundos e o abalo foi sentido nas duas ilhas provocando pânico na população. Verificaram-se danos materiais e algumas famílias ficaram desalojadas.
O QUE FAZER EM CASO DE SISMO
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera alerta para alguns cuidados a ter durante um sismo:
O que é mais importante?
Chame a si todas as forças para que possa reagir calmamente nestas situações. Não imite comportamentos de grupo, impensadamente. Pense por si. O seu comportamento pode ajudar a salvar a sua vida e a de outros.
Se está no interior de um edifício...
... e há apenas pequenos objetos a cair proteja-se debaixo de algo forte, como uma mesa. É muito importante proteger a cabeça e pode fazê-lo enrolando os braços à volta da cabeça, ou melhor, usando uma almofada, uma manta dobrada, um livro largo, revistas ou até jornais. Nestes momentos não há muito tempo para decidir ou para procurar algo melhor pelo que a urgência consiste em proteger a cabeça de forma improvisada, mas eficaz. Mas atenção: se há móveis grandes a cair e há perigo real de desmoronamento do edifício, então é mais importante ficar ao lado de grandes objetos que não possam cair sobre si e enrole-se ao lado deles, não debaixo deles e sempre com a cabeça protegida, do modo referido. Porquê? Por um lado, porque quanto menor a área que ocupar menor a possibilidade de ser atingido e, por outro, porque quando os edifícios se desmoronam, normalmente as placas ou estrados comprimem todos os grandes objetos mas apenas até um certo limite, permitindo não raras vezes criar espaços livres mesmo ao seu lado. E isso garante, no mínimo, uma possibilidade de sobrevivência que pode e deve ser explorada.
As portas e janelas são sítios seguros?
Onde haja vidros é sempre perigoso estar. Estes partem-se com violência e com grande dispersão de detritos que são responsáveis por grandes danos pessoais. As portas também são perigosas pois o seu movimento durante o tremor podem causar grandes danos pessoais. Antigamente, nas casas de alvenaria, as portas estavam sob uma zona reforçada em relação ao resto da parede. A indicação de nos abrigarmos nesses locais está ligada a esse tipo de construção. Contudo, hoje em dia, não há reforço dessas zonas pelo que essa indicação não tem aplicação nas construções recentes.
Porque é que não se deve fugir?
Durante um sismo há imensos objetos a caírem, incluindo vidros partidos. Correr através desses detritos caídos ou em queda é a garantia de se vir a magoar. Se se encontra num local amplo com muitas pessoas (por exemplo, numa sala de espetáculos ou numa sala de aula), fugir para a saída ao mesmo tempo que muitos outros significa, muito provavelmente, atropelar ou ser atropelado. Se se puder mover um pouco prefira os cantos ao centro das divisões mas sempre perto e ao lado de objetos de maior dimensão que não possam cair sobre si. Estas indicações são para quando é difícil ir para áreas abertas. Mas se está no rés do chão de uma casa térrea e o perigo de caírem objetos como telhas é menor do que ficar em casa, então claro que deve sair. Esta decisão deve ser tomada sempre tendo em conta os prós e contras, o que pode ser difícil nessas alturas.
Porque é que não se deve usar o elevador?
É um elemento frágil. Qualquer deformação na caixa do elevador poderá bloqueá-lo. Provavelmente também poderá faltar a eletricidade parando-o algures.
Porque não deve se usar as escadas?
Não só porque muitos outros poderão estar a usá-la mas também porque são elementos frágeis, com movimentos diferentes dos do resto do edifício. As escadas podem estar mais danificadas que a generalidade do resto do edifício. Se um grupo de pessoas desce precipitadamente escadas parcialmente danificadas, o resultado pode ser muito desastroso.
Se está no exterior...
... a sua reação deve depender do ambiente onde se encontra. Se estiver num campo aberto, deve aí permanecer. Se está perto de zonas com declive deve afastar-se para zonas mais planas pois há perigo de deslizamentos de terras e rochas. Afaste-se também de corpos de água. A água pode entrar num movimento de ressonância provocado pela passagem de ondas sísmicas de longo período que atravessam o local e assim extravasar os seus limites normais. Se está perto de estruturas construidas veja se é possível afastar-se de edifícios, torres antenas, postes elétricos, candeeiros de iluminação pública, cabos de eletricidade, etc. ou de estruturas que possam desabar, como muros ou taludes. Mas se houver muitos detritos em queda é mais correto abrigar-se, como descrito, junto a uma estrutura pouco compressível.
Se for a conduzir um automóvel...
... pare no lugar mais seguro possível, de preferência numa área aberta, afastada de edifícios, muros, taludes, torres ou postes. Não pare nem vá para pontes, viadutos ou passagens subterrâneas. Se está num parque de estacionamento coberto ou similar com possibilidade real de haver desmoronamentos então é mais seguro ficar deitado enrolado junto ao automóvel. O carro não será totalmente comprimido e permitirá a existência de um espaço de proteção mesmo ao seu lado. Se permanecer na viatura e houver desmoronamento será muito difícil, se não impossível vir a sair dela.
Se estiver no litoral marítimo...
... afaste-se do mar e dirija-se para uma zona alta; lembre-se que os grandes sismos com epicentro no mar podem provocar maremotos (tsunamis), por vezes de natureza catastrófica. Afaste-se de zonas facilmente inundáveis, de praias e de margens de rios. Os estuários são zonas particularmente perigosas. Não arrisque a sua vida ao tentar levar embarcações ancoradas para o mar alto. Regresse ao litoral apenas depois das autoridades o permitirem. O fenómeno pode durar várias horas. E para os mais destemidos lembramos que os tsunamis não são ondas surfáveis. Correntes muito fortes e complexas e uma grande quantidade de detritos são extremamente letais, mesmo que não sejam de grande altura.
Se está numa embarcação perto da costa...
... dirija-se imediatamente para o largo. Estas ondas são tão mais perigosas quanto menor for a a profundidade. Considera-se segura uma profundidade mínima maior que 150 metros, idealmente 400 metros. Pode haver mais que uma onda destrutiva e bastante separadas entre si no tempo (20 a 40 minutos, excecionalmente até mais) e com tamanho relativos muito variáveis. Regresse apenas depois das autoridades marítimas o permitirem.
Um sismo de 4.9 na escala de Richter foi sentido por alguns residentes na Madeira e Porto Santo. O tremor de terra foi registado a 280 km a nordeste da Ilha do Porto Santo passavam poucos minutos das 3 da manhã (na madrugada de 28 para 29 de fevereiro).
Seguiram-se várias réplicas de menor intensidade nos minutos seguintes.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera o sismo foi sentido com grau III na escala de Mercalli. De acordo com este grau de intensidade o sismo é sentido dentro de casa. Os objetos pendentes baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados.
Trata-se de um dos sismos com maior intensidade registado na Madeira nos últimos anos.