Um crescimento associado, por um lado, ao retorno de emigrantes essencialmente da Venezuela, Reino Unido e África do Sul e, por outro, a um maior empenho e mobilização na recolha de dados, o que permitiu uma retificação dos resultados dos Censos 2001.
A grande novidade deste Censo foi a possibilidade de resposta através da internet, amplamente utilizada pela população. Os maiores crescimentos populacionais verificaram-se na costa sul da Ilha e no Porto Santo. Pelo contrário, a redução demográfica acentuou-se na costa norte da Madeira.
Actualmente com 43 000 habitantes, Santa Cruz foi o Concelho do País com maior crescimento populacional (+44,74%), sendo notável o número de pessoas que procurou a freguesia do Caniço (+101,6%) e de Gaula (+30,1%) para viver.
A construção e melhoramento das vias de transporte para o Funchal podem ter dado um contributo significativo para a fixação da população no Concelho vizinho. O Funchal continua a ser o maior Concelho da Região com 112 000 habitantes. As freguesias que mais contribuíram para o aumento da população na capital madeirense foram São Martinho, Santo António, Sé e São Roque. Pelo contrário, Santana (-11,5%), São Vicente (-7,7%), Porto Moniz (-7.4%) e Calheta (-3.6%) foram os Concelhos que em 10 anos perderam habitantes.
O aumento da população na Região Autónoma da Madeira foi acompanhado também por um crescimento acentuado do número de famílias.
Os Censos 2011 contabilizaram cerca de 93 000 famílias no Arquipélago. No entanto, o número de pessoas no agregado familiar baixou. Em 2001 existiam, em média, 3.3 pessoas por família. Dez anos depois o rácio diminuiu para 2.9.
Na última década disparou o número de edifícios de habitação, por via do forte investimento público e privado. O crescimento foi mais acentuado nas freguesias do Caniço (Santa Cruz), nas Achadas da Cruz (Porto Moniz) e no Porto Santo. No global existem quase 92 000 edifícios na Região Autónoma da Madeira que disponibilizam mais de 129 mil alojamentos.