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Bailinho da Madeira

  • DATE 07/06/2020

O "Bailinho da Madeira" é das músicas mais conhecidas no Mundo. Foi levado além fronteiras pelos turistas que visitam a Ilha mas também pelos emigrantes madeirenses que escolheram os diferentes continentes como porto de abrigo. O Balinho é ouvido nos hotéis, nas ruas, nos arraiais e do norte ao sul do País e aplaudido por todos. Foi considerado Património Musical e Imaterial.

A origem

A letra do Bailinho da Madeira foi criada no concelho da Calheta pelo poeta popular, João Gomes de Sousa, popularmente conhecido como o “Feiticeiro da Calheta”.

Trata-se de uma figura icónica da Calheta pelos dizeres e cantares tornando-se uma referência para a comunidade. Através da poesia popular criada muitas vezes pelo método repentista, cantada em desafio ou despique, tecia apreciações analíticas ou denunciadoras consideradas certeiras sobre temas antropológicos, de moral social e individual, acontecimentos históricos, comportamentos, problemas sociopolíticos e religiosos, até mesmo sobre temas teológicos e culturais diversos.

O "Bailinho da Madeira" terá sido tocado e cantado pelo primeira vez no ano de 1938, por ocasião da primeira Festa das Vindimas realizada na cidade do Funchal. Na altura o Rancho Folclórico do Arco da Calheta conquistou o primeiro prémio do concurso de Ranchos. O prémio foram quinhentos escudos (500$00). 

A viagem até ao Funchal terá sido realizada no barco Gavião. Partiu do Porto Moniz, passou pelo Paul do Mar e apanhou o rancho no porto da Fajã do Mar, freguesia do Arco da Calheta, zona oeste da Ilha da Madeira. Levaram consigo produtos agrícolas, vinho e muita animação.

Max canta e grava o Bailinho

A gravação do "Bailinho da Madeira" acontece em Lisboa em 1949. A gravação é feita por Max e a sua banda, em Lisboa, na produtora Valentim de Carvalho. A música espalhou-se através das rádios e a notícia chegou aos ouvidos do Feiticeiro da Calheta que vai ao Funchal esperar por Max de modo a confrontá-lo por cantar uma letra da sua autoria sem autorização. Max deu ao Feiticeiro da Calheta a quantia de vinte escudos (20$00), como recompensa.

Apesar do confronto inicial Max e o Feiticeiro da Calheta passam a ser amigos animando vários arraiais da Ilha.

João Gomes de Sousa, faleceu a 8 de julho de 1974, no Lombo do Brasil, na Calheta.

O "Bailinho da Madeira" tem passado de geração em geração percorrendo praticamente todo o Mundo.

Fonte: 7 Maravilhas de Portugal.

Lido 7617 vezes Última alteração em domingo, 07 June 2020 20:44

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