No âmbito de uma operação, que decorria há cerca de um ano e que visava a exploração ilícita de jogo, apostas online e fraude fiscal, os militares da Guarda realizaram diligências policiais que culminaram com o cumprimento de 39 mandados de busca, sete domiciliárias e 32 em estabelecimentos comerciais e anexos, tendo sido ainda dado cumprimento a dois mandados de detenção.
Além das buscas realizadas, foram ainda fiscalizados 30 estabelecimentos comerciais.
Da operação foi ainda apreendido o seguinte material:
- 30 máquinas de jogo ilegal;
- 42 máquinas de dardos;
- 318 698,53 euros em numerário;
- Dois computadores portáteis;
- Oito tablets;
- 18 telemóveis;
- Diverso material informático (pendrive e discos externos).
Os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial hoje, dia 7 de maio, no Tribunal Judicial da Ponta do Sol, para aplicação das medidas de coação.
No seguimento da ação foram ainda constituídos arguidos 26 indivíduos, com idades compreendidas entre os 23 e os 66 anos.
Na sequência de uma das fiscalizações, foi contactada a Autoridade Regional das Atividades Económicas (ARAE) para avaliação das condições higiossanitárias de um estabelecimento comercial, tendo sido determinado o seu encerramento temporário.
A operação contou com o empenhamento de diversas valências do Comando Territorial da Madeira, com o reforço de militares dos Comandos Territoriais do Porto e de Coimbra, da Unidade de Ação Fiscal (UAF), da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF) e da Unidade de Emergência, Proteção e Socorro (UEPS), num total de 115 militares. Contou ainda com o apoio técnico de quatro inspetores do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos, no âmbito das perícias técnicas
A GNR relembra que os jogos de fortuna ou azar são aqueles cujos resultados assentam exclusiva ou fundamentalmente na sorte, sendo a sua exploração e prática apenas permitidas nos casinos e em locais devidamente autorizados e licenciados.
A dependência no jogo é reconhecida como uma patologia, sendo possível verificar alguns sinais que revelam a adição do jogador. É uma realidade que, não raras vezes, coloca em causa não só a estabilidade financeira de determinadas famílias, como influencia a vertente sócio comportamental do jogador, tanto nas suas relações pessoais como profissionais. Como tal, e porque o jogo ilegal se trata de um ilícito criminal, a GNR irá continuar, não só a promover ações de sensibilização destinadas a prevenir estes comportamentos, mas também a desenvolver ações de fiscalização, através de uma presença recorrente nos locais onde é verificada.
Fonte: GNR