A receita clássica indica que a poncha pode ser preparada nas seguintes proporções: 1/4 l de aguardente, sumo de 2 limões e 3 colheres de sopa de mel. Na "poncha à pescador" o mel é substituído por açúcar. Atualmente circula no mercado poncha de outros sabores: maracujá, kiwi, laranja, entre outros, sendo que a aguardente tem vindo a ser substituída por vodka.
Construído em madeira de cedro ou de laranjeira, o mechelote revela-se muito funcional devido à forma engenhosa como é projetada a extremidade inferior. A cabeça é composta por 8 dentes curvados talhados à navalha fazendo lembrar as lâminas interiores de alguns eletrodomésticos, como o triturador de alimentos ou as varinhas mágicas. Desta forma é garantida uma boa mistura dos ingredientes.
Julga-se que o pau da poncha tenha surgido na mesma altura da receita da bebida, consumida desde o século XIX nos bares e nas casas madeirenses. Pensa-se que os primeiros exemplares poderão ter sido feitos em marfim.
Os mechelotes, de diferentes tamanhos, continuam a ser fabricados por artesãos madeirenses dada a forte expansão da poncha a outras regiões do globo, nomeadamente aos países de acolhimento de emigrantes portugueses.
A denominação atrevida faz do pau da poncha uma peça usada na decoração de bares, cozinhas ou salas particulares.No mercado comercial o pau da poncha é também vendido em miniatura sevindo de porta chaves. Alguns exemplares podem ser encontrados em lojas de souvenir. Desta forma, o mechelote percorre mundo também pela mão dos turistas.