O bolo do caco é um pão típico da Madeira que surgiu devido à influência árabe na sociedade madeirense no século XV. Esta presença está diretamente relacionada com a cultura da cana-de-açúcar e a primeira fase da implantação da vinha, "quando à ilha chegaram os primeiros escravos guanches, marroquinos e africanos, que contribuíram para o arranque económico do arquipélago”, de acordo com o Elucidário Madeirense.
A confeção é à base de água, sal, batata doce, farinha de trigo e fermento. Depois de amassados todos os ingredientes, fica a levedar durante algum tempo. Posteriormente a massa é dividida em pequenas quantidades, espalmada numa superficie previamente polvilhada e colocada na chapa (a gás, lenha ou elétrica) pré-aquecida. A cozedura fica concluída de 10 a 15 minutos. Primeiro numa face, depois noutra e por fim aos lados até ganhar uma cor castanho-amarelada. Antigamente era feita em cima de um caco de telha ou de uma pedra de basalto colocada sobre as brasas. Daí surgiu o nome "Bolo do Caco".
Depois de cozido o bolo de caco é barrado com manteiga de alho (manteiga, alho e salsa). O produto madeirense já percorre o País e uma cadeia internacional de fast-food apresenta o bolo do caco no menu.
É consumido ainda quente como entrada ou também como acompanhamento, por exemplo da tradicional espetada madeirense. Trata-se de um produto bastante apreciado pelos turistas e pelos forasteiros que passam pelos arraiais madeirenses.
Entretanto, a massa usada para confecionar o bolo do caco tem sido utilizada para o fabrico de outras iguarias: pão com chouriço; queijo e bacon, nutella e mel de abelhas, entre outras.