O geógrafo madeirense Raimundo Quintal considera "assustador" o avanço das plantas invasoras na Floresta Laurissilva.
Em uma publicação partilhada nas redes sociais recorda que "o crescimento das populações de bananilha (Hedychium gardnerianum), incenseiro (Pittosporum undulatum), tabaqueira (Solanum mauritianum), vinagreira (Phytolacca americana), maracujá-banana (Passiflora tripartita var. mollissima), abundância (Ageratina adenophora), falsa-abundância (Ageratina riparia), acácias (Acacia mearnsii, Acacia melanoxylon, Acacia dealbata, Acacia longifolia), eucalipto (Eucalyptus globulus), bordo (Acer pseudoplatanus), cana-vieira (Arundo donax), brincos-de-princesa (Fuchsia boliviana, Fuchsia magellanica), feto-arbóreo (Sphaeropteris cooperi), margacinha ou intrometidas (Erigeron karvinskianus), hastes-de-são-lourenço ou mombrécias (Crocosmia x crocosmiflora), carqueja ou tojo (Ulex europaeus) e giestas (Cytisus scoparius e Cytisus striatus) é menos mediático que a poluição provocada pela invasão de turistas e residentes na Laurissilva, mas é mais preocupante porque as estratégias para travar e inverter o avanço das plantas exóticas exigem uma mobilização de meios humanos e de equipamentos muito, mas muito, superior aos exercícios pontuais até agora realizados."
O post é ilustrado com fotografias captadas na região, em "áreas da Laurissilva, que deveria estar imaculada, de forma a manter a sua classificação como Património Natural da Humanidade, galardão atribuído pela UNESCO em dezembro de 1999, com o compromisso assumido pelo Governo Regional de colocar um travão nas ameaças que então já eram perceptíveis", acrescenta.
Termina afirmando que "alheios à invasão silenciosa, que pode desencadear a desclassificação da Laurissilva como Património Mundial, governantes e autarcas continuam a prometer plantação de alcatrão na floresta indígena".